julho 26, 2016

[Segurança] Hacktivismo e governos autoritários e democráticos

Recentemente, o site Motherboard entrevistou o hacktivista Phineas Fisher, responsável pela invasão das empresas de segurança Gamma Group (2014) e Hacking Team (2015).

A entrevista é curta, interessante e ganhou destaque por um fator inusitado: para preservar a sua identidade, o Phineas Fisher pediu que fosse representado por um marionete.


Em um determinado momento, Phineas Fisher deixa claro a importância em protestar contra todos os governos, independente de serem "democráticos" ou autoritários. Perguntado sobre o risco de "governos democráticos" permitirem o acesso ou a venda de ferramentas de vigilância para "governos autoritários", ele deu uma resposta excelente:
"A função essencial das forças da lei é a mesma [em ambos os regimes]. (...) A grande maioria dos recursos das forças da lei em todos os lugares são dedicados a monitorar as ameaças contra quem está no poder (...) Então, 70 por cento [do esforço é voltado para ameaça] política, 30 por cento crime real. A diferença entre regimes autoritários e os "democráticos" é que os clientes da Hacking Team prendem, torturam e matam, enquanto os "democráticos" têm formas mais suaves de gerir a dissidência."
Vale a pena ler o artigo e assistir o vídeo, para entender a motivação dos hacktivistas e porque frequentemente são contra o vigilantismo em qualquer forma de governo.


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