outubro 17, 2006

[Segurança] Tarados e pedófilos em sites de relacionamento

Recebi essa notícia através do CISSP Fórum: O artigo "MySpace Predator Caught by Code" na Wired News é interessante.

Segue um breve resumo dele:

O bom e velho Kevin Poulsen criou um script em Perl (+ de 1000 linhas) para buscar perfis de "predadores sexuais" conhecidos no MySpace. Dos 385.932 "registered sex offenders", ele localizou 744 perfis (em 1/3 dos resultados encontrados, pois teve que fazer um refinamento manual, devido aos numerosos "falso positivos"). 407 deles tem histórico de interesse por crianças ! E a maioria dos profiles encontrados aparentam ser de uma pessoa com uma vida normal (e não de um tarado/pedófilo/etc).

E, no caso, ele encontrou os "predadores sexuais" conhecidos que se cadastraram no MySpace com seu nome real. Ou seja, que foram inocentes (ou amadores) o suficiente para não se cadastrarem com um nome fictício.

Dentre alguns exemplos de perfis encontrados, um ex-treinador de basket de 34 anos usa o MySpace para manter contato com seus ex-alunos. Em seu registro criminal consta que ele fazia os garotos (de até 13 anos) tirar as roupas em frente dele. Outro cara, de 33 anos que molestou uma criança menor de 13 anos em 1994, usa o slogan "Love knows not age" em seu perfil. (argh!)

Em seu artigo ele mostra que, através de sua investigação, Kevin ajudou a polícia a encontrar "Andrew Lubrano", que usava o MySpace para fazer amizade com menores. Segundo o artigo, no perfil de Lubrano constavam 93 amigos, incluindo 6 adolescentes que ele ele encontroou através do site.

Moral da história?
  • Os "predadores sexuais" estão a solta e agindo através das comunidades virtuais.
  • As crianças estão sendo abordadas por eles ! São vítimas fáceis !
  • A polícia e os sites de relacionamento (como o MySpace) ainda não sabem como evitar ou contra-atacar isso.
  • Apesar de parecer inviável, é possível buscar e identificar perfis suspeitos, que após um trabalho investigativo (manual) pode levar a prisão deste tipo de criminoso. É trabalhoso, claro, e depende de uma investigação e legislação eficientes.

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